Line-up

Confirmações para o Semibreve 2025

+ instalações, conversas, workshops, cinema


Actress & Suzanne Ciani

apresentam Concrète Waves

Cocuradoria no âmbito de uma curadoria colaborativa apoiada pela TIMES (The Independent Movement For Electronic Scenes)

Uma nova e inovadora performance reunirá Actress (Darren J Cunningham) e Suzanne Ciani para apresentar uma obra encomendada pelo Sónar e pelo Barbican, em Londres. “Concrète Waves” juntará o produtor britânico à compositora norte-americana — cinco vezes nomeada para os Grammy e conhecida como a “diva do diodo” —, numa colaboração sem precedentes e que conjuga as suas sensibilidades partilhadas e abordagens distintas. Tanto Actress como Suzanne Ciani atuaram anteriormente a solo no Semibreve e regressam agora para apresentar a primeira obra colaborativa.

Actress & Suzanne Ciani

Ava Rasti

apresenta The River com quarteto de cordas

Estreia
Comissariado pelo Semibreve ao abrigo da Re-Imagine Europe

Numa performance encomendada pelo Semibreve, no âmbito do programa Re-Imagine Europe, a compositora, pianista e baixista Ava Rasti, nascida no Irão, apresentará o novo álbum, “The River”, acompanhada por um quarteto de cordas, explorando a intersecção entre ambient, música clássica contemporânea e drone.

Ava Rasti

aya

apresenta hexed!

De regresso à Hyperdub, o segundo álbum de aya, “hexed!”, confronta o desespero e a disfunção da dependência. A artista experimental Aya Sinclair, sediada em Londres, assina um dos álbuns mais intensos e marcantes do ano até agora.

aya
© Dee Iskrzynska

emptyset

apresenta Dissever

O novo álbum de emptyset dá continuidade à exploração das histórias do som e dos media eletrónicos ao longo do século XX. “Dissever” (editado na Thrill Jockey, com lançamento marcado para 23 de Maio) é o sexto álbum de James Ginzburg e Paul Purgas. Apresentado pela primeira vez no Tate Modern como uma atuação ao vivo que acompanhou a exposição Electric Dreams — uma extensa retrospetiva da história global da arte e da tecnologia —, o duo regressa agora a Braga, após uma passagem inesquecível em 2012.

emptyset
© Philomene Pirecki

Grand River

apresenta Tuning the wind

Criado em 2022 como uma instalação, Tuning the Wind marca o regresso de Aimée Portioli com o seu aclamado terceiro álbum. A compositora e designer de som italiano-holandesa gravou diversos tipos de vento, que depois reinterpretou através da sobreposição e do ajuste de afinação, criando uma peça musical onde o próprio vento se transforma num instrumento preparado. Nesta composição em formato alargado, Aimée funde de forma harmoniosa a natureza e a música, tornando os sintetizadores e as gravações do vento indistinguíveis, combinando sons naturais com instrumentos feitos pelo homem.

Grand River
© Maria Louceiro

Heinali & Andriana-Yaroslava Saienko

apresentam Гільдеґарда (Hildegard)

Cocuradoria no âmbito de uma curadoria colaborativa apoiada pela TIMES (The Independent Movement For Electronic Scenes)

Гільдеґарда (Hildegard, em ucraniano) é uma reinvenção singular da música de Hildegard von Bingen. O projeto combina abordagens vocais inspiradas no canto tradicional ucraniano autêntico com técnicas de síntese modular que partem da polifonia e monodia da Alta Idade Média. Esta abordagem inovadora ganha forma através de Oleh Shpudeiko, conhecido como Heinali — compositor de música eletrónica que reinventa a música antiga através da síntese modular —, e de Andriana-Yaroslava Saienko, cantora que pratica a tradição vocal ucraniana autêntica. Juntos, revelam a visceralidade paradoxal presente na escrita visionária de Hildegard. A obra funciona como um espelho: reflete, processa e transcende a experiência da guerra, explorando a espiritualidade bruta que dela emerge. Esta apresentação de “Hildegard” é cocomissariada com o Unsound, com o lançamento do álbum marcado para 30 de maio através da editora do festival polaco.

Heinali & Andriana-Yaroslava Saienko
© Vincent Guis

João Galante

Nome fundamental da criação nas artes performativas portuguesas, João Galante atua como músico a solo sob o nome C001gate / Coolgate, explorando paisagens sonoras abstratas, imagem digital e DJing. No Semibreve, veremos uma das suas raras apresentações como DJ.

João Galante
© João Galante

Lucy Railton com Charlie Hope e Rebecca Salvadori

apresentam Not A Word From Me

Comissariado pelo Semibreve (Braga), CTM (Berlim), DE SINGEL (Antuérpia) e FIBER (Amsterdão)

Not A Word From Me é o novo espetáculo que reúne o trabalho de três artistas distintos nas áreas da música, vídeo e desenho de luz, baseando-se em lançamentos recentes e novas composições da violoncelista britânica Lucy Railton. Railton estará acompanhada pela artista e realizadora italo-australiana residente em Londres, Rebecca Salvadori, e pelo artista visual nascido em Londres, Charlie Hope. A performance mergulha numa experiência de exploração sensorial, imergindo o ouvinte nos estados viscerais e psicoacústicos pelos quais o trabalho sonoro de Railton é conhecido.

Lucy Railton com Charlie Hope e Rebecca Salvadori
© Francis Fuego

Lyra Pramuk B2B Krzysztof Bagiński

Numa rara atuação como DJ, a artista multidisciplinar americana Lyra Pramuk une forças com o artista e organizador polaco Krzysztof Bagiński. Pramuk cria uma forma singular de música devocional, moldando as suas atuações em rituais coletivos. Bagiński é o curador do W Brzask (At Dawn), uma série de eventos de música experimental em Varsóvia realizados ao nascer do sol.

Lyra Pramuk B2B Krzysztof Bagiński

Marta De Pascalis & Marco Ciceri

apresentam Tell Me The Sun

Tell Me the Sun é uma peça sonora da música e designer de som italiana Marta De Pascalis. O seu trabalho a solo utiliza síntese analógica e FM, juntamente com um sistema de loops em fita, através do qual esculpe formas de onda em corpos sonoros catárticos. Esta nova obra será apresentada ao vivo em colaboração com o artista media italiano radicado em Berlim, Marco Ciceri, conhecido pelas suas instalações e performances audiovisuais imersivas.

Marta De Pascalis & Marco Ciceri
© George Nebieridze

NAH

Desde as suas primeiras demos em 2011, NAH construiu uma identidade sonora singular — fundindo percussão crua, ruído visceral e ritmos fragmentados inspirados no punk DIY, noise, avant-jazz, eletrónica experimental e no pulso inquieto do hip-hop. Armado apenas com uma bateria e alguns samplers, as suas atuações ao vivo explodem com uma energia arrebatadora, alternando entre uma intensidade caótica e uma espontaneidade divertida. Artista a solo prolífico, o percussionista, manipulador de sons e artista visual tem também colaborado com uma vasta gama de músicos, incluindo Wiki, MIKE, Moor Mother, Iggor Cavalera, Evicshen, entre muitos outros.

NAH

Nazar

apresenta Demilitarize

O segundo álbum de Nazar, Demilitarize, sucede ao seu aclamado álbum de estreia, Guerrilla (2020), lançado precisamente quando o mundo entrou em confinamento. Esse primeiro disco reinventava o kuduro angolano através de texturas distorcidas, gravações de campo e fragmentos mediáticos, tecendo uma narrativa visceral de guerra civil e exílio — a sua família deslocada pela Europa enquanto o seu pai, um general rebelde, lutava na selva em Angola. Com Demilitarize, Nazar cria outro universo sonoro imersivo, mas onde Guerrilla era cru e confrontacional, esta nova obra desliza para um registo mais onírico e desenha uma jornada desde o peso do trauma até a uma aceitação vulnerável e desarmada de uma realidade transformada.

Nazar

Rafael Toral

apresenta Traveling Light

Rafael Toral faz parte de uma geração de artistas que emergiu na cena global da música experimental nos anos 90, pioneira numa nova forma de música eletrónica que incorpora elementos do rock, jazz, ambient e minimalismo. Após o lançamento da sua aclamada obra Spectral Evolution, pela editora Mokai de Jim O’Rourke, Toral regressa com Traveling Light, uma nova peça que vai estrear na Bienal de Veneza, este ano curada por Caterina Barbieri. Poucos dias depois da sua estreia em Itália, Traveling Light será apresentado em Braga, numa das suas raras atuações. Para esta ocasião, Toral será acompanhado em palco por Yaw Tembe (flugelhorn), Rodrigo Amado (saxofone tenor), Bruno Parrinha (clarinete) e Clara Saleiro (flauta), com cenografia luminosa de Marcel Weber/MFO.

Rafael Toral
© Vera Marmelo

Violet B2B Mix’Elle

Violet, cofundadora da Rádio Quântica, é uma artista, DJ e produtora com um papel central na cena musical de Lisboa e presença regular em palcos internacionais como Berghain/Panorama Bar, Berlin Atonal, Unsound e Dekmantel. Ao longo do seu percurso, colaborou com artistas como ELLES e Ariel Zetina, fez remisturas para Matias Aguayo e Teto Preto, e fundou a sua própria editora, Naive. Nos seus DJ sets, cruza ritmos alienígenas, techno imaginativo, variações de acid e breakbeat, entre outras sonoridades inesperadas.
Michelle Borja, também conhecida como Mix’Elle, é uma DJ experiente e respeitada na cena drum’n’bass em Portugal, com uma carreira que já ultrapassa duas décadas. Este ano, estreou-se enquanto produtora com o seu primeiro EP, Spiritual Rhythms – uma viagem sonora moldada por jungle, drum’n’bass e muitos anos de vivência na cabine.

Violet B2B Mix’Elle

Yara Asmar

apresenta Stuttering Music

Cocuradoria no âmbito de uma curadoria colaborativa apoiada pela TIMES (The Independent Movement For Electronic Scenes)

A aclamada multi-instrumentista, artista visual e marionetista libanesa Yara Asmar prepara-se para encantar o público. Após dois lançamentos muito elogiados — Home Recordings 2018–2021 (2022) e Synth Waltzes & Accordion Laments (2024) —, a sua mais recente obra, Stuttering Music, nasceu de uma série de performances improvisadas transmitidas originalmente pela Rádio alHara, da Palestina. Trata-se de uma exploração delicada e evocativa do som e da memória. A atmosfera que atravessa os lamentos de Yara é dolorosamente familiar a qualquer pessoa que viva no século XXI.

Yara Asmar
© Aurelien Haslebacher

Zancudo Berraco

Encarnação do artista multidisciplinar Henrique Apolinário, Zancudo Berraco parece existir com o único propósito de desconstruir convenções e preconceitos em torno da música de dança. Os seus sets são marcados por uma ligação profunda e visceral entre o corpo e os synths modulares, com a improvisação ao vivo no centro do processo, produzindo deconstructed bass, techno e outras formas de eletrónica percussiva.

Zancudo Berraco

µ-Ziq & ID:Mora

apresentam Grush

Cocuradoria no âmbito de uma curadoria colaborativa apoiada pela TIMES (The Independent Movement For Electronic Scenes)

Mike Paradinas dispensa apresentações. Mais conhecido pelo pseudónimo μ-Ziq, o artista britânico foi uma figura central na transformação da música electrónica alternativa durante a década de 1990. Para além dos seus projectos a solo sob nomes como Jake Slazenger, colaborou com Aphex Twin no álbum cult Mike & Rich (1996). Em 1995, fundou a editora Planet Mu — uma referência pioneira com um catálogo visionário que continua a explorar os limites mais inovadores do espectro da música electrónica.
ID:MORA é um artista visual checo radicado em Barcelona. Autodidacta, o seu trabalho vídeo marcante tem sido apresentado em inúmeros festivais internacionais. Reconhecido pela sua linguagem visual imersiva e detalhada, colaborou com a editora Ad Noiseam e com artistas como Loraine James, Red Snapper, Meneo e o próprio Mike Paradinas.

µ-Ziq & ID:Mora