Nkisi

Primeiro o som e a imagem, com uma viagem do Congo para a Bélgica para completar um bacharelato em artes. Depois Londres, onde a esperou um mestrado em Estudos Psicossociais na vertente cultural, ligado a questão da diáspora e etnicidade. Estes dois caminhos encontraram-se inevitavelmente assim que assumiu a capital inglesa como sua, deixando-se contaminar pela constante efervescência cultural londrina, ocupando a noite com música e o seu activismo. Em 2015, co-fundou a NON Worldwide, um grupo de artistas que foi uma editora que foi um movimento social: no fundo, o som como um super-poder para alertar consciências e reparar traumas. É deste ponto de impassividade que nasce a música de Nkisi, trazida pelos ritmos de África mas triturada pelas máquinas, como uma corrida desenfreada e ansiosa por uma utopia. E, mais uma vez, a dança como necessidade fundamental para uma fuga transcendental e, porque não, para melhorar a realidade de todos os deslocados.